O Homem do palanque!
--- O Homem do Palanque O Demônio nosso de cada dia! “Povo de meu Deus!” Ele acredita ter o monopólio de Deus! Começa a falar a figura asquerosa no palanque. O rosto se contrai — cara de ódio. Os olhos lançam fogo. Os dentes se trincam, de raiva… ou de alguma doença mental qualquer. Da sua boca sai uma língua de cobra, cuspindo veneno nas pessoas. E as ovelhas, em transe, fanáticas, vibram histéricas — sem entender a maldade que sai da boca do demônio. E ele, como todo bom diabo, ataca as pessoas. Mente, calunia, ofende, ameaça — tudo em nome do seu Deus, que acha ser de sua propriedade. Chama pessoas de covardes, canalhas, mentirosas. Ameaça autoridades. Diz o que bem entende, direto da sua cabeça doentia. Pobres ovelhas! Ele monta um grande teatro de horror. Uma arena. Uma verdade apocalíptica. Mas, na verdade, vive de palavras que jamais foram ditas por Cristo. Vive do dinheiro da Igreja. Do dinheiro das próprias ovelhas! E se torna, a cada dia, mais forte, mais raivoso e mais dista...